terça-feira, 23 de setembro de 2014

Candidatos denunciam escândalos no Governo; Ricardo rebate acusações



Candidatos ainda debateram sobre a isenção do IPVA para motocicletas de produtores rurais, entre outros temas.

O debate promovido pela Rádio Arapuan FM com os candidatos a governador da Paraíba, no início da tarde desta segunda-feira (22), ficou marcado por denúncias e embates sobre o financiamento público e privado de campanha no atual processo eleitoral. O programa contou com a participação dos seis postulantes ao governo do Estado – Antônio Radical (PSTU), Cássio Cunha Lima (PSDB), Major Fábio (Pros), Ricardo Coutinho (PSB), Tárcio Teixeira (PSOL) e Vital do Rêgo Filho (PMDB).
Os embates ocorridos em debates anteriores voltaram a aparecer. O candidato Cássio Cunha Lima (PSDB) em uma das suas primeiras explanações perguntou para o governador Ricardo Coutinho (PSB), aspirante à reeleição, sobre a compra recente de um helicóptero para a Segurança Pública do Estado.
Segundo o tucano, o atual governo adquiriu um helicóptero que, “estranhamente, só às vésperas das eleições foi colocado para funcionar” e o pagamento “foi feito há mais de um ano e ainda sob superfaturamento”. “O Estado comprou um helicóptero, com três anos de uso e com mais de 600 horas de voo por R$ 9 milhões, o que demonstrou que foi uma compra superfaturada, quando um aparelho novo custa em média R$ 7 milhões”, disse.
O governador Ricardo Coutinho respondeu a questão dizendo que superfaturamento se encontra na cabeça do senador Cássio Cunha Lima. “Você tenta confundir a cabeça do eleitor, trazendo informação de aeronaves diferentes, com preços diferentes”, disse o socialista, que ainda alfinetou Cássio ao afirmar que fez mais pela cidade de Campina Grande do que o tucano em 7 anos de mandato.
Cássio replicou o adversário e disse que Ricardo Coutinho, como sempre, tem fugido nas respostas, pois, segundo ele, ficou claro que houve um superfaturamento de mais de R$ 2 milhões reais na compra do helicóptero. “Além de fugir das perguntas, Ricardo cria números e uma realidade que não existe. Ao dizer que investiu mais que o nosso mandato em Campina Grande, ele cria um fato. Só o gasoduto que fizemos para a Campina representa o dobro de tudo que você fez pela cidade”, ressaltou.
Isenção Fiscal
Outro tema bastante lembrado pelos candidatos foram os grandes investimentos de empresas privadas em ações de campanha. Os candidatos Tárcio Teixeira, Antonio Radical e Major Fábio responsabilizaram Ricardo Coutinho de ter isentado R$ 5 bilhões, no período de cinco anos. Eles utilizaram dados do Sindifisco como base. Segundo eles, grandes indústrias cimenteiras promoveram, como contrapartida, doações para a campanha do candidato socialista.
Ricardo reagiu acusando os adversários de só saberem promover críticas “infundadas”. “A isenção de ICMS existe desde sempre. Ela é precisa para atrair empresas de grande porte. Segundo, ninguém aqui fala que a minha campanha, entre as consideradas grandes, é a mais pobre”, disse.
O governador disse ainda que vai à Justiça para responder a denúncia, inclusive, sobre a acusação de que o Programa Empreender Paraíba teria favorecido familiares de secretário com repasse de recursos fora do padrão do programa.
Isenção de IPVA para pequenos produtores
O debate também ficou “quente” quando o senador Cássio Cunha Lima questionou o governador Ricardo Coutinho sobre a apreensão de “centenas” de motocicletas de pequenos produtores rurais, desrespeitando, inclusive, uma Lei Estadual que concede o benefício.
“No tempo que eu fui governador eu determinei a concessão da isenção do pagamento do IPVA pelo produtor rural e, se for eleito, voltarei a defender a isenção aos agricultores, pescadores e mineradores na Paraíba. Vai acabar a perseguição política nesse governo, que apresenta uma política retrograda e atrasada”, disse Cássio.
Em resposta, Ricardo Coutinho acusou o tucano de promover o “proselitismo político e a demagogia barata” em troca de “meia-dúzia de votos”. Segundo o socialista, Cássio não se preocupou em criar uma Lei específica de concessão do benefício no Senado Federal.
“O senhor está prevaricando, é uma autoridade incentivando o descumprimento das leis em troca de meia-dúzia de votos. O senhor está incentivando justamente o retorno de uma política atrasada. Só faz essas acusações porque não tem obras para mostrar de seu governo”, retrucou Ricardo.



Da Redação
WSCOM Online
Cássio acredita que diferença entre ele e RC na pesquisa Ibope não é reflexo do “supersalário”

 Cássio acredita que diferença entre ele e RC na pesquisa Ibope não é reflexo do “supersalário”

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), um dos seis candidatos ao Governo da Paraíba aparece liderando as pesquisas de intenção de voto, mas teve a vantagem reduzida em relação ao segundo colocado, o governador Ricardo Coutinho (PSB), que disputa à reeleição, na última pesquisa divulgada pelo Ibope.

Coincidência ou não, a diferença surgiu depois que o governador Ricardo Coutinho denunciou que o tucano acumulava o salário de senador com a pensão de ex-governador, ultrapassando assim o teto constitucional, que é pouco mais de R$ 29 mil.

Para o tucano, mesmo com a diferença diminuindo, sua candidatura continua liderando. Ele acredita que os adversários usarão esses dados e se aliarão a esse fato da pensão como “cavalo de batalha” para tentar vencer o pleito.

Cássio voltou a defender a legalidade do benefício e lembrou que nunca recebeu os dois salários cumulativamente, já que o Governo depositava o valor na conta da ex-primeira dama Silvia Cunha Lima.

“O benefício é legal, tanto é que é pago pelo Governo”, ratificou nesta manhã, segunda-feira (22), em entrevista ao programa CBN João Pessoa.

Em breve explicação, Cássio tenta esclarecer o episódio e ressalta a conivência do governador Ricardo Coutinho que cedeu ao pedido e realizara o depósito na conta de Silvia Cunha Lima, como solicitado.

“O que houve na campanha foi uma atitude de oportunismo politico eleitoral do atual governador, porque se existe ou existisse alguma ilegalidade, significa dizer que ele (Ricardo Coutinho) é cumplice dessa ilegalidade, porque é o governo quem paga, não só a mim, como a todos os ex governadores. No meu caso especifico, o que houve foi que, quando eu assumi o governo em 2011, eu mandei uma oficio para o estado pedindo a suspensão do pagamento da pensão, justamente porque eu estava com o meu salario de senador.

Essa pensão ficou suspensa por quase 1 ano até que se consumou o meu divorcio e, no divórcio, além da separação dos bens, eu tinha uma casa em Campina que ficou com meus filhos, o apartamento em João Pessoa que ficou com Silvia e achei de bom alvitre deixar essa pensão que eu não recebia com ela.

Ela foi minha esposa, minha companheira, durante quase 27 anos, contribuiu de forma decisiva para o meu êxito, trabalhou ao meu lado sem nunca receber salario, nem minha mãe dona Gloria recebiam quando foram primeira dama, trabalharam de forma dedicada.

Achei justo, achei correto, pois trabalhou ao meu lado uma vida inteira, eu ia deixar essa mulher desamparada, e como a pensão é um direito e eu não estava recebendo, no momento do divorcio eu deixei com ela, tanto é que o Governo depositava direto na conta dela, sem questionar.

O que eu lamento profundamente é o oportunismo e o aproveitamento politico dessa questão, que é legal, tanto é que o próprio governador paga, o governo foi quem suspendeu o pagamento a meu pedido e depois a meu pedido retomou depositando na conta da própria Sílvia. É lamentável trazer esse assunto por oportunismo puro”

Na semana passada  a reportagem do site Congresso em Foco, um dos mais renomados em Brasília, repercutiu o repasse da pensão de ex-governador recebida pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB), para sua ex-esposa, Silvia Cunha Lima.

Para o especialista em Direito Civil Élsio Berco, o governo da Paraíba deveria ter questionado o pagamento, já que o depósito na conta de terceiros fere princípios constitucionais. “Essa pensão foi pensada para garantir que um ex-governador não passe por dificuldades financeiras. Mas é um benefício pessoal e intransferível”, disse o especialista ao Congresso em Foco. Segundo ele, Cássio poderia fazer o que bem entendesse com o dinheiro, mas só depois de recebê-lo diretamente em sua conta bancária.




PB Agora

sábado, 13 de setembro de 2014

RC revela pensão da ex de Cássio e gera constrangimento; tucano rebate: oportunista



Questão pessoa foi trazida ao debate pelo governador e candidato a reeleição

O governador Ricardo Coutinho (PSB) trouxe para o debate entre os candidatos a govenador promovido pela TV Clube, um tema pessoal da vida do senador Cássio Cunha Lima e acabou causando constrangimento ao programa. Na resposta, Cássio rebateu Ricardo e o chamou de oportunista por “usar as pessoas como aliadas e depois ataca-las”.
Ricardo acusou Cássio e acumular uma pensão de ex-governador com o salário de senador da República somando um salário acima do teto constitucional que é de R$ 29 mil, o equivalente ao que recebe um ministro do Supremo Tribunal Federal.
Cássio rebateu revelando que está separado da ex-primeira dama Silvia Cunha Lima e que ela que recebe sua pensão de ex-governador e revelou ainda que solicitou a Secretaria de Administração do Estado que a pensão fosse destinada a sua ex-esposa e que se há ilegalidade, o governo do estado é conivente.
“Ricardo tem uma característica que é ser oportunista. Quando uma pessoa lhe convém ele elogia, quando não lhe serve mais é ataca. Eu lamento que se traga para um debate uma questão pessoal”, destacou.
 
Da redação
WSCOM Online

TRANSPARÊNCIA: candidatos a governos têm 327 processos, Cássio é um dos citados

TRANSPARÊNCIA: candidatos a governos têm 327 processos, Cássio é um dos citados
Quatro em cada dez candidatos a governador em todo o País são alvo de processos na Justiça ou em Tribunais de Contas. No total 63 participantes das corridas eleitorais nos Estados respondem por 327 ocorrências, sendo que 46 já foram condenados - 10 deles em Tribunais de Justiça, por improbidade administrativa e outras irregularidades. O paraibano Cássio Cunha Lima (PSDB) que comanda a Coligação A Vontade do Povo foi citado no levantamento feito pelo Estadão.


Os números foram levantados pelo projeto Quem Quer Virar Excelência, da Transparência Brasil. A organização, cuja principal bandeira é o combate à corrupção, pesquisou em mais de 120 fontes ocorrências na Justiça de todos os candidatos à Presidência e aos governos estaduais. O pente-fino" atingiu ainda todos os que concorrem a uma vaga no Senado e na Câmara dos Deputados pelo Paraná. Os dados estão publicados no site da entidade.


Dos processados, mais da metade (36) respondem na Justiça por irregularidades referentes ao exercício de função pública. São 249 os processos que se enquadram nessa caracterização, dos quais 170 por improbidade administrativa e/ou dano ao erário.


Na definição legal, atos de improbidade administrativa envolvem condutas consideradas inadequadas ao exercício da função pública e podem ser alvo de punição se houver enriquecimento ilícito, lesão ao erário ou violação aos princípios da administração pública.


REGRAS - Os processados não estão, necessariamente, envolvidos em irregularidades - eles podem ser declarados inocentes na etapa do julgamento. Mesmo os condenados, por razões diversas, escapam de restrições impostas na Lei da Ficha Limpa - tecnicamente, portanto, não podem ser considerados fichas sujas".


Uma exceção é o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR). Ele foi declarado "ficha suja" pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas sua defesa recorreu e aguarda julgamento em segunda instância.


Arruda é um dos quatro candidatos a governador que já ocuparam o cargo no passado e foram cassados. Ele perdeu o mandato por infidelidade partidária, em um desdobramento do escândalo em que se envolveu ao ser filmado recebendo dinheiro, no caso que ficou conhecido como Mensalão do DEM", legenda na qual se abrigava, na época.


Cassio Cunha Lima (PSDB), que tenta voltar a comandar o governo da Paraíba, foi cassado quando ocupava o cargo, em 2009. Ele foi acusado de comprar votos ao distribuir cheques à população como parte de um suposto programa assistencial.


Mão Santa (PSC), candidato no Piauí, foi cassado em 2001, acusado de abuso de poder econômico. O quarto cassado é Marcelo Miranda (PMDB), candidato em Tocantins, que perdeu o cargo de governador em 2009 por compra de votos e abuso de poder econômico. Todos os quatro são alvo de outros processos na Justiça.


PB Agora