terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cássio acredita que diferença entre ele e RC na pesquisa Ibope não é reflexo do “supersalário”

 Cássio acredita que diferença entre ele e RC na pesquisa Ibope não é reflexo do “supersalário”

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), um dos seis candidatos ao Governo da Paraíba aparece liderando as pesquisas de intenção de voto, mas teve a vantagem reduzida em relação ao segundo colocado, o governador Ricardo Coutinho (PSB), que disputa à reeleição, na última pesquisa divulgada pelo Ibope.

Coincidência ou não, a diferença surgiu depois que o governador Ricardo Coutinho denunciou que o tucano acumulava o salário de senador com a pensão de ex-governador, ultrapassando assim o teto constitucional, que é pouco mais de R$ 29 mil.

Para o tucano, mesmo com a diferença diminuindo, sua candidatura continua liderando. Ele acredita que os adversários usarão esses dados e se aliarão a esse fato da pensão como “cavalo de batalha” para tentar vencer o pleito.

Cássio voltou a defender a legalidade do benefício e lembrou que nunca recebeu os dois salários cumulativamente, já que o Governo depositava o valor na conta da ex-primeira dama Silvia Cunha Lima.

“O benefício é legal, tanto é que é pago pelo Governo”, ratificou nesta manhã, segunda-feira (22), em entrevista ao programa CBN João Pessoa.

Em breve explicação, Cássio tenta esclarecer o episódio e ressalta a conivência do governador Ricardo Coutinho que cedeu ao pedido e realizara o depósito na conta de Silvia Cunha Lima, como solicitado.

“O que houve na campanha foi uma atitude de oportunismo politico eleitoral do atual governador, porque se existe ou existisse alguma ilegalidade, significa dizer que ele (Ricardo Coutinho) é cumplice dessa ilegalidade, porque é o governo quem paga, não só a mim, como a todos os ex governadores. No meu caso especifico, o que houve foi que, quando eu assumi o governo em 2011, eu mandei uma oficio para o estado pedindo a suspensão do pagamento da pensão, justamente porque eu estava com o meu salario de senador.

Essa pensão ficou suspensa por quase 1 ano até que se consumou o meu divorcio e, no divórcio, além da separação dos bens, eu tinha uma casa em Campina que ficou com meus filhos, o apartamento em João Pessoa que ficou com Silvia e achei de bom alvitre deixar essa pensão que eu não recebia com ela.

Ela foi minha esposa, minha companheira, durante quase 27 anos, contribuiu de forma decisiva para o meu êxito, trabalhou ao meu lado sem nunca receber salario, nem minha mãe dona Gloria recebiam quando foram primeira dama, trabalharam de forma dedicada.

Achei justo, achei correto, pois trabalhou ao meu lado uma vida inteira, eu ia deixar essa mulher desamparada, e como a pensão é um direito e eu não estava recebendo, no momento do divorcio eu deixei com ela, tanto é que o Governo depositava direto na conta dela, sem questionar.

O que eu lamento profundamente é o oportunismo e o aproveitamento politico dessa questão, que é legal, tanto é que o próprio governador paga, o governo foi quem suspendeu o pagamento a meu pedido e depois a meu pedido retomou depositando na conta da própria Sílvia. É lamentável trazer esse assunto por oportunismo puro”

Na semana passada  a reportagem do site Congresso em Foco, um dos mais renomados em Brasília, repercutiu o repasse da pensão de ex-governador recebida pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB), para sua ex-esposa, Silvia Cunha Lima.

Para o especialista em Direito Civil Élsio Berco, o governo da Paraíba deveria ter questionado o pagamento, já que o depósito na conta de terceiros fere princípios constitucionais. “Essa pensão foi pensada para garantir que um ex-governador não passe por dificuldades financeiras. Mas é um benefício pessoal e intransferível”, disse o especialista ao Congresso em Foco. Segundo ele, Cássio poderia fazer o que bem entendesse com o dinheiro, mas só depois de recebê-lo diretamente em sua conta bancária.




PB Agora

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