Dilma diz a senadores que reforma ministerial será no final de janeiro
Os congressistas almoçaram com Dilma no Palácio da Alvorada, nesta terça-feira, e pediram que Dilma não deixe a troca no ministério para março, às vésperas do prazo fixado pela Justiça Eleitoral para que candidatos deixem os cargos que ocupam no governo.
Dilma disse, segundo os senadores, que considera "justo" o pleito da sigla. Mas lembrou que PMDB, PP e PSD também pediram o comando da Integração Nacional --por isso vai precisar de tempo para redividir os cargos do primeiro escalão.
O PR, que já tem o comando do Ministério dos Transportes, deixou claro que espera continuar com o controle da pasta.
A presidente vê com simpatia a indicação do Benito Gama, hoje secretário de Desenvolvimento Econômico em Natal (RN). Nos bastidores, Dilma estuda ceder ao PTB o Ministério do Turismo porque considera a Integração Nacional uma pasta que deve ser ocupada por uma sigla com maior peso entre as suas aliadas.
DIÁLOGO
As duas bancadas também pediram maior diálogo do Planalto com seus partidos aliados, ampliando as conversas políticas com PR e PTB. "Sugerimos maior diálogo com a bancada. Ou somos da base e conversamos, ou somos da base separados", disse o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).
A presidente teria prometido, segundo os senadores, aumentar a periodicidade das conversas com seus aliados no Congresso e maior "afinamento" no diálogo político.
Dilma manifestou preocupação especial com os palanques regionais nas eleições de 2014, especialmente em Minas Gerais e Pernambuco --Estados de seus principais adversários, Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE).
A presidente sinalizou apoio à candidatura do senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o governo de Pernambuco, que deve lançar seu nome em oposição ao candidato de Campos. "Vai ter um palanque diferente do PSB em Pernambuco. A presidente está se articulando por lá", disse Mozarildo.
Folha
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