Em Alhandra, prefeito demite vereador de oposição concursado há 18 anos
Vereador garante ter frequência e comprovantes de rendimentos
Não satisfeito em divulgar boatos, o gestor partiu para o ataque direto e de cunho pessoal, abriu um processo administrativo disciplinar e demitiu o presidente da Câmara, que passou em primeiro lugar no concurso público para agente fiscal de tributos (nível superior), realizado em 1996.
É sabido que há 18 anos, Daniel Miguel, na condição de concursado, exerce a função sem faltar ao trabalho, mas, mesmo assim, além da demissão, o gestor ainda pede que sejam devolvidos mais de R$ 23 mil aos cofres da Prefeitura.
O mais estranho do tal procedimento é que o prefeito só tomou posse no dia 5 de janeiro, devido a uma confusão na formação da Mesa Diretora da Câmara. Porém, a secretária de finanças, Mariluce Almeida, cunhada do prefeito, já estava colocando falta no servidor desde o dia 2 de janeiro.
Tal fato mostra que, por não conseguir atingir o parlamentar politicamente, o gestor tenta a todo custo atingi-lo pessoalmente, usando de procedimentos ilícitos para ferir a quem ele considera seu opositor.
Semanas antes do processo de demissão, a Prefeitura negou ao vereador o direito de usufruir de uma licença especial a qual teria direito após dez anos de trabalho. Daniel Miguel entrou com um Mandado de Segurança na Justiça e obteve resultado favorável ao seu pedido.
O vereador e presidente da Câmara, trabalhou e cumpriu sua carga horária normalmente até o mês de outubro e, pode comprovar através de documentos recebidos da própria Prefeitura, como os contracheques recebidos sem nenhuma observação de faltas.
Mas, o processo administrativo é baseado nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril e, de acordo com o resultado final, o vereador faltou ao trabalho nesses quatro meses.
De acordo com informações, alguns documentos falsos utilizados no processo administrativo, também serão apresentados na Justiça.
Daniel Miguel afirmou em plenário que vai lutar até o fim para que a justiça seja feita, não por ele, mas, para que o prefeito respeite o direito de cada cidadão, e para que o fato não seja repetido com outros funcionários efetivos.
Segundo o vereador, a cidade nunca viveu um clima tão tenso e com tanta perseguição política.
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