terça-feira, 30 de junho de 2015

UM ALERTA: Campina Grande tem cerca de 40% das suas marquises e 60 prédios em situação de risco

UM ALERTA: Campina Grande tem cerca de 40% das suas marquises e 60 prédios em situação de risco
Os prédios antigos com fachadas que retratam todo um período, oferecem risco a população da segunda maior cidade da Paraíba. Pelo menos é o que atesta um levantamento feito -pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Campina Grande (Crea) O levantamento feito recentemente constatou que alguns prédios antigos oferecem risco a população, podendo desabar a qualquer momento. Segundo o inspetor do Crea, engenheiro Geraldo Magela, existem aproximadamente 60 prédios na cidade com risco de desabamentos o que representa perigo constante para quem mora, trabalha ou frequenta o local.

São construções antigas que estão abandonadas, a maioria particular o que impede que o poder público faça intervenção. Algumas das edificações são tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), o que segundo o Crea, dificulta as reformas visto que estes prédios não podem ter a estrutura original modificadas. “Os órgãos já orientaram os proprietários do risco de desabamento. São prédios antigos, sem manutenção e os riscos são vistos a olho nu”, ressaltou Geraldo Magela.

Erguida no alto da Serra da Borborema Campina Grande convive com inúmeras marquises e arranha céus, muitos em situação irregular e oferecendo risco a população. Caso não haja uma legislação que torne obrigatória a fiscalização nas edificações antigas e nas marquises localizadas principalmente na Feria Central as tragédias ocorridas nos grandes centros do país podem se repetir na segunda maior cidade da Paraíba.

Com ferragens expostas, infiltrações, fissuras, trincas, rachaduras, sobrecarga, presença de vegetação. Esses são alguns problemas detectados em 70% das marquises dos prédios da Feira Central de Campina Grande. Desse total, 40% das estruturas estão na iminência de desabamento, em virtude da falta de manutenção corretiva e preventiva, afirmou o professor Fábio Remy, que coordena, em parceria com a Defesa Civil, um projeto que está expondo o estado das marquises da cidade.

Nas ruas Quebra-Quilos, Carlos Agra, Cristóvão Colombo e Marcílio Dias, por exemplo, o estudo identificou estruturas em alvenaria carregadas com painel de propaganda, ar condicionado, além da presença de trincas, descolamento de reboco, exposição de ferragens e presença de vegetação. Também foram relatadas fiação elétrica em péssimo estado de conservação, fios em mau uso com prováveis pontos de vazamentos de água e energia, devido às chuvas e umidade. Dos problemas levantados, os de maior incidência são infiltrações e presença de vegetações identificadas em 17% das estruturas.


De acordo com o engenheiro, o prédio que mais oferece risco a população está construído na rua João Suassuna. A edificação antiga de mais de 16 andares está com a estrutura comprometida.

O prédio abandonado, representa um perigo em pleno Centro da cidade. O Crea enfrenta obstáculos para realizar vistorias no local, por conta da dificuldade para encontrar aos proprietários. Magela alertou que caso ocorresse um desabamento no prédio da João Suassuna, a tragédia poderia se assemelhar a tragédia do Rio de Janeiro visto que a semelhança com os prédios é grande. A exemplo dos três prédio que desabaram no Rio, o edifício da João Suassuna também está localizado numa área comercial e de muito movimento. “Se esse prédio desabasse o sinistro seria grande”, alertou. Comerciantes que trabalham em lojas de auto peças no térreo do prédio abandonado, temem desabamentos e contam que várias vezes já viram pedaços de tijolo e reboco caírem sobre os capuz dos veículos.

O coordenador da Defesa Civil em Campina Grande Ruiter Sansão informou que o início do período chuvoso é uma preocupação a mais para a Defesa Civil em relação às marquises de Campina Grande.

PBAgora

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