Para Cunha, manobra fiscal não sustenta pedido de impeachment
Atos julgados pelo TCU se restringem ao período anterior ao governo Dilma Rousseff.
Assim como o Palácio do Planalto, que montou uma força-tarefa na última semana para defender as contas de Dilma, o presidente da Câmara indicou que as manobras fiscais apelidadas de “pedaladas” já aconteciam antes dos governos do PT –no governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
“O que chamam de pedalada eu acho que é uma má prática das contas públicas, de adiar pagamentos para fazer superavits primários que não correspondem à realidade. Isso vem sendo praticado ao longo dos últimos 10 a 15 anos e não tinha nenhuma punição”, contemporizou.
Único ministro de Dilma presente no encontro de empresários na Bahia, frequentado principalmente por políticos de oposição, Henrique Eduardo Alves (Turismo) concordou. “Não acredito no impeachment. Não há nada que se configure nesse sentido”, afirmou.
PMDB NO GOVERNO – Cunha disse que não há “constrangimento” no PMDB pela posse de Alves no Turismo no momento em que o partido defende a redução da estrutura do governo federal.
“Eu penso, sim, que temos que reduzir o número de ministérios. E disse que, se precisasse, o PMDB deveria dar o exemplo e entregar todos para que ajudasse nessa redução”, declarou o presidente da Câmara.
Alves afirmou também que o número de ministérios é “excessivo”, mas disse não haver contradição em assumir um posto no primeiro escalão do governo.
“Acho que a competência [sobre a decisão do número de ministérios] é do Executivo, mas o debate é público. De forma racional, poderíamos diminuir, mas aí a presidente é quem sabe o que é prioritário para ela. Não acredito que o Turismo seria cortado porque o Turismo é muito importante para o país”, disse o ministro.
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