segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Chegada do verão faz aumentar casos de pedras nos rins. Especialista dá dicas de prevenção

Chegada do verão faz aumentar casos de pedras nos rins. Especialista dá dicas de prevenção
Beber pouca água, pré-disposição hereditária e alimentação com excesso de proteínas e cálcio são alguns dos fatores que podem contribuir para a formação do cálculo renal, também chamado de pedra nos rins.


O fato de ingerir pouco liquido durante um dia inteiro já pode ser uma fator primordial para a formação do cálculo renal. Essa falta de liquido vai deixar a urina mais concentrada, com isso, alguns ‘cristais’ que poderiam ser eliminados com a dose correta de água/ dia começam a junta-se e forma pedras. Quando o paciente já tem registro de cálculo renal na família, esta pré-disposição deve deixá-lo alerta para que faça exames regularmente. A ultrassonografia é o exame mais indicado para a detecção de pedras nos rins.


Alimentos ricos em cálcio, com alta dose de proteína ou condimentados contribuem para a formação do cálculo. O urologista, doutor Emerson Medeiros, recomenda que se eliminem ao menos dois litros de água por dia. “Antigamente se dizia para tomar dois litros de água por dia. Hoje, dois litros de água se tomam numa região onde seja mais frio, mas aqui no nordeste é quente e úmido, então suamos mais. O ideal é tomar água o bastante para urinar cerca de dois litros por dia”, afirma.


Ainda segundo o urologista, não há como se precisar quem possui mais pré-disposição a formação do cálculo renal, se o homem ou a mulher, mas por questão cultural e comportamental a mulher está mais propícia. “Por muitas vezes estar em locais públicos e ter que ir ao banheiro a mulher evita tomar liquido e isso contribui para de certa forma ter um índice um pouco mais alto.


A técnica em enfermagem, Lúcia Ramos, 53 anos, já expeliu cinco pedras, e afirma que não é o único caso na família: “Outros três irmãos também já tiveram cálculos renais e todos expeliram sem passar por procedimentos cirúrgicos. A dor é intensa, mas infelizmente temos essa pré-disposição hereditária na família”.


Doutor Emerson afirma que no caso do fator hereditário a dieta alimentar e a ingestão de liquido também podem contribuir para evitar o acúmulo de cristais na urina e, e por consequência, a formação da pedra. “Do ponto de vista da dieta, temos que atuar em dois grupos: as proteínas e o leite e seus derivados. A carne vermelha, por exemplo, que tem excesso de proteína, pode ocasionar o cálculo renal. O grupo alimentar que contem cálcio também é um dos fatores que levam a formação da pedra.”


Após a constatação da existência do cálculo renal, doutor Emerson Medeiros afirma que é necessário o acompanhamento do paciente observando o tamanho da pedra. Caso seja superior a meio centímetro(5mm) é ideal que se inicie o tratamento, porém, a forma de tratar o paciente pode variar dependendo da localização do calculo (na bexiga, no ureter ou no rim). Um dos tratamentos é a Litotriplisia (bombardeio da pedra), que se utiliza da emissão de ondas eletromagnéticas, que atravessam a pele e quebram o cálculo. Porém, em outros casos podem ser necessários os procedimentos cirúrgicos.


O urologista destaca que no verão o número de casos de pacientes com cálculos renais tende a aumentar. Segundo ele, por ser uma época de férias as pessoas descuidam um pouco da alimentação. “As pessoas às vezes não lembram de tomar a quantidade de líquido adequada e , como nossa dieta nordestina tem muita carne vermelha, tem leite e derivados, acabam contribuindo”, alertar o doutor.


Doutor Emerson aconselha que no grupo que a família já possui vários casos de cálculo renal, essas pessoas devem passar por exames periódicos pelo menos a cada seis meses e também ter uma maior atenção na dieta alimentar para que se evite a formação da pedra nos rins.




PB Agora

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