segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

       
                        

E vamos às urnas!


O ano da Copa será também ano de política, mas tudo não passa de mera coincidência esse negócio de aparecer todo tipo de político em qualquer tipo de festinha no interior. Vai ver eles adoram o calor de lascar, a seca de torar e a água suja que sai das torneiras e por isso fazem romarias nos finais de semana para Itaporanga, pra Princesa, pra Sousa, pra Bonito de Santa Fé, pra Piancó, para Coxixola, pra tudo quanto é canto.

 Está chegando o tempo de meu amigo Zé de Minininha tirar a barriga da miséria e ser contratado para tocar em batizado,casamento, aniversário, bodas de ouro, cachimbo de recém nascido, chá de cozinha, de panela, de fraldas e até em comícios, sim senhor, em comícios, que são a parte mais divertida da campanha política, pois é neles que o candidato faz promessa, beija menino catarrento, apalpa a bunda da eleitora e é carregado na cacunda pelo eleitor que gosta de ficar com cheiro de ovo nas costas.

 Eu adoro campanha política. Quanto mais acirrada, mais gostosa fica. E a gente se torna poderosa, com o figurão nos chamando pelo nome, entrando de casa a dentro para mexer nas panelas, comendo pé de bode como se estivesse devorando um faisão e nos chamando de compadres. Tem coisa mais chique? Conheço gente que só toma banho quando o cheiro da mão do candidato desaparece da sua mão.

 E haja mé, de metro e meio.Tem candidato que incha a cara, afina o pescoço, fica com dois cambitos no lugar das pernas e quando termina a campanha se vicia de um jeito que não tem jeito que dê jeito no vício. Por isso tantos prefeitos esquecem de governar para beber cachaça nos botecos da cidade. Pior é quando algum deles dá pra brabo e fica a atirar nas casas, no céu, nos carros e nas pessoas. Esses são tidos e havidos como arruaceiros. Porém, como autoridade tem imunidade, nada de cadeia neles.

 Este ano vamos votar com biometria. A justiça eleitoral criou um novo jeito de votar. O eleitor ficará mais esclarecido, parece, podendo escolher gente fina como Zé Sarney, Paulo Maluf, Roseana do Maranhão e Maranhão sem Roseana, tudo junto e misturado numa salada maravilhosamente preparada pelo novo jeito de votar biometricamente falando.
E vamos que vamos, bora que bora, Ney está voltando, viva Ney, o senador do Polvão!


Tião Lucena

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