segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Candidatura de Luciano Agra sucumbiu às suas próprias limitações eleitorais

No início de setembro do ano passado, escrevi um artigo para uma coluna que mantinha no extinto e pouco longevo site pontocríticopb intitulado Candidatura de Luciano Agra no fio da navalha, ocasião em que analisei as dificuldades da candidatura do prefeito pessoense. Entre outras coisa, escrevi:

“Nesse momento, os esforços atuais do prefeito tem em vista não a campanha em si, que só estará na rua daqui a uns nove meses, mas a disputa interna dentro do partido do governador, cujo controle que este exerce sobre o PSB é inquestionável”

Entre os problemas que enfrentava Agra, identifiquei, além da relação pouco amistosa com a retórica, a ausência de um estilo próprio de governar. O resultado era um desempenho frágil nas pesquisas do atual prefeito, associado a índices expressivos dos principais adversários e peso pesados da política paraibana, Cícero Lucena e José Maranhão.

Diante de um quadro não muito alvissareiro para o projeto político do governador Ricardo Coutinho, cuja derrota no principal reduto político e maior colégio eleitoral do estado seria um sério golpe para suas pretensões de reeleição, colocava em risco a candidatura de Agra.

Sobre essa questão, escrevi ainda no mesmo artigo:

“E esses problemas se refletem nas pesquisas. Em dificuldades, Agra pontua nelas abaixo dos 10%, enquanto potenciais adversários como o ex-governador José Maranhão, do PMDB, e Cícero Lucena, do PSDB, aparecem bem à frente, e mesmo o outro Luciano, o Cartaxo, possível candidato do PT, ameaça-lhe o terceiro lugar. Caso esse quadro persista e na medida em que o ano avance para o seu fim, a possibilidade de Luciano Agra ser substituído não pode ser desprezada.”
Em setembro do ano passado, Agra começava a colocar a campanha na rua
“Porque essa disputa será encarada pelo governador Ricardo Coutinho como de vida ou morte para o seu projeto de reeleição em 2014. Sendo assim, Coutinho precisará de um candidato que se mostre capaz não apenas de encarar o pleito, mas de vencê-lo.”

(...)Por isso, o desafio de Luciano Agra é mostrar-se viável primeiro para o PSB, o que significa dizer, Ricardo Coutinho. Ou seja, ele precisa desesperadamente ganhar fôlego eleitoral para que a contestação ao seu nome dentro do PSB não chegue ao ponto de se tornar irreversível.”

Enfim, apesar de considerar a hipótese da renúncia à candidatura pouco provável de acontecer, já que em qualquer outra situação que envolvesse um outro prefeito no cargo desejoso de postular sua reeleição tornaria isso um fato quase que consumado, não me surpreendi com o anúncio da desistência. Talvez porque eu tenha subestimado o senso de resignação de Agra.

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