segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cientista político concorda com Veneziano e diz que troca de partidos não mudou cenário político no Estado



Veneziano Vital do Rêgo diz que nada mudou


Cientista Fábio Machado (Crédito: Assessoria)
Nas entrevistas que vem concedendo, sempre que é perguntado sobre as mudanças de partido feitas por políticos paraibanos no prazo estabelecido pela legislação eleitoral, para quem vai se candidatar a cargo eletivo no ano que vem, o pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado nas Eleições 2014 Veneziano Vital do Rêgo diz que nada mudou. Segundo ele, o que houve foram acomodações de políticos que viram em outra legenda uma possibilidade maior de eleição.

Veneziano tem defendido a tese de que houve, apenas, mudanças de siglas, não de posturas políticas. “Quem era da situação, continuou na situação, apenas mudando de partido por vislumbrar um cenário mais propício à sua eleição, num partido menor, por exemplo, considerando o quociente eleitoral. Da mesma forma ocorreu com quem era oposição, que migrou para uma outra legenda, dentro da oposição”, diz Veneziano.

A propósito desse entendimento, o Jornal da Paraíba publicou em sua edição deste domingo uma reportagem especial mostrando a análise do cientista político Fábio Machado, professor da Universidade Federal de Campina Grande – UFCG sobre o assunto. Na entrevista, Fábio Machado diz ao JP que as mudanças não vão provocar grandes repercussões na disputa para o governo em 2014.

Veja a reportagem, na íntegra:

Troca de partido não muda cenário estadual

Cerca de 100 lideranças políticas, na Paraíba, trocaram de partidos em 30 dias. Na lista, estão deputados federais e estaduais, vereadores, ex-prefeitos e ex-parlamentares. Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Fábio Machado, os rearranjos não vão provocar grandes repercussões na disputa para o governo em 2014, pois o eleitor não se identifica com os partidos, mas com as personalidades políticas.

O confronto é polarizado em torno de nomes e não de agremiações partidárias. “A preço de hoje, para efeito das eleições majoritárias em 2014, modestamente não têm grandes repercussões estas mudanças de partido. A grande definição será a definição da dama e do rei no xadrez da sucessão. Como é que vai se configurar essa coligação entre o senador Cássio Cunha Lima e o governador Ricardo Coutinho. Essa personificação no Estado é tão forte que esses rearranjos de partidos se acomodam”, afirma Fábio.

Como os partidos são frágeis, a expectativa do eleitor, segundo o cientista político, é saber para onde Cássio vai. “Ele vai romper com Ricardo Coutinho, para onde os irmãos Vital do Rêgo vão, terá apoios do ex-governador José Maranhão? O deputado Wilson Braga vai apoiar quem e o senador Cícero Lucena vai ficar como? Isso não é patrimônio da Paraíba, mas do Brasil. Em Pernambuco, o governador Eduardo Campos tem 80% da Assembleia Legislativa o apoiando, ele praticamente manda no Estado. É a pura personificação”, ressalta.

Todavia, Fábio Machado pondera que, com vistas às eleições proporcionais pode haver favorecimento das reeleições das candidaturas de deputados federais e estaduais ou de eleições de ex-parlamentares para benefício mais particular. “Mas que isso implique efetivamente no desenho final na majoritária, no Estado da Paraíba, não acredito”, enfatiza o cientista político.
 
da redação como assessoria
WSCOM Online

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