quarta-feira, 25 de abril de 2012

Rosas entrega cargo na PMJP e Coriolano diz que Agra prejudicou Estelizabel


Anuncio foi feito durante congresso do partido convocado de forma urgente

O presidente estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Edvaldo Rosas, convocou entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (25), na sede do diretório municipal do partido, para anunciar a sua renuncia ao cargo de assessor especial da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). Em justificativa, o dirigente alegou que a decisão era pessoal, e que servia para proteger os filiados dos últimos atos administrativos implantados pelo prefeito Luciano Agra.
A carta renuncia de Edvaldo Rosas foi protocolada no gabinete do prefeito às 9h40. Em trecho do documento, ele deixa claro que a atitude surgiu como forma de demonstrar a sua indignação com relação às recentes reformas administrativas implantada na gestão municipal.
De forma clara, Edvaldo Rosas afirma que a medida visa combater a uma possível perseguição imposta aos militantes do PSB na gestão municipal. Ele alegou o esvaziamento de militantes históricos do partido, que segundo ele, foram demitidos da PMJP sem motivo, e sem nenhuma comunicação oficial. Entre os citados foram Coriolano Coutinho, Ronaldo Barbosa, Laura Farias e Rubem Freire.
“Na condição de presidente do PSB, não posso continuar assistindo inerte as iniciativas tomadas por vossa excelência (Luciano Agra), no que resolveu alcunhar de reforma administrativa, esvaziando a participação do PSB no Governo do Município de João Pessoa, e na mesma medida esvaziando a participação de militantes históricos do socialismo na construção do projeto político que governa a Paraíba e a Capital dos paraibanos”, diz trecho da carta encaminhada por Edvaldo Rosas.
Edvaldo Rosas disse ainda que a atitude não significava um rompimento político com o prefeito Luciano Agra. “Isso não significava um rompimento, pois, quem está esticando a corda é o lado de lá, e nós estamos sendo vitimas desse processo, perseguidos nesse processo”, disse. “A escolha do vice-prefeito Luciano Agra (em 2008) foi porque ele tinha critérios, ele tinha lealdade e confiança, e esperamos que ele cumpra esses critérios”, disparou.
Coriolano Coutinho
Em contato com a imprensa logo após a coletiva, o irmão do governador Ricardo Coutinho e ex-presidente da Emlur no Governo Agra, Coriolano Coutinho, acompanhou o discurso do companheiro Edvaldo Rosas. Segundo ele, a postura do prefeito Luciano Agra de retirar militantes do PSB da gestão municipal prejudica a pré-candidatura da ex-secretária de Planejamento da PMJP, Estelizabel Bezerra.
“É lógico que prejudica, Luciano é um companheiro, tem a sua representatividade, e tem o seu espaço político e quem disser o contrário é um tolo. Agora isso não significa que a gente (O PSB) vá se acabrunhar ou ficar esmorecido num processo nesse sentido”, comentou.
Coriolano ainda disse de forma clara que a reforma administrativa do prefeito prejudicou o PSB e acabou beneficiando o PPS, que tem o jornalista e ex-secretário de Estado da Comunicação, Nonato Bandeira, como pré-candidato.
“Eu percebo claramente, o prefeito tem Nonato numa cota de amizade, mas, sem nenhuma sobra de dúvida, ele (Agra) beneficiou o PPS, e prejudicou o PSB. Não é que tenha beneficiado A ou B diretamente, é que a mudança por si só, prejudicou na realidade o PSB”, concluiu.
Sandra Marrocos
O racha, que até então era tratado como especulação, ficou evidente com as declarações da vice-presidente do partido em João Pessoa, vereadora Sandra Marrocos e no anuncio de Rosas. Marrocos detonou a secretária de Saúde de João Pessoa, Roseana Meira e ainda criticou a postura do prefeito Luciano Agra.
“É a pessoa mais desagregadora que já conheci”. Foi assim, que Sandra classificou Roseana Meira, antes de criticar a postura do prefeito nos últimos dias, principalmente com relação a reforma administrativa realizada por ele na semana passada.

Marcos Wéric com Ângelo Medeiros
WSCOM Online

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