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Na manhã, desta quinta-feira (22), durante solenidade de entrega de uma autoplataforma ao Corpo de Bombeiros, por parte do Governo do Estado, em Campina Grande, o tio do senador e pré-candidato ao governo, Cássio Cunha Lima (PSDB), Renato Cunha Lima ratificou sua decisão, lamentou o rompimento entre o PSB e PSDB e fez duras declarações sobre o pleito eleitoral. A entrevista foi veiculada no programa Balanço Geral, da rádio Correio FM.
Renato disse estar onde os outros não deveriam ter saído, se referindo a debandada tucana após o rompimento entre o senador e o governador. Ele deixou claro todas as brigas internas ocorridas no partido do tucano é culpa do que ele chamou de “um misto de paraibano com carioca”, ou seja, Ruy Carneiro. “O que eu disse anteriormente está aí acontecendo. Eu disse que aqueles que botaram ele no fogo, são os mesmos que estão brigando aí agora ou não estão?! Essa briga interna, tem aí um carioca que é um misto de paraíba com carioca que não honra o nome tradição da Paraíba que é Ruy Carneiro. Esse nome, na verdade, é o grande articulador desse descaso, dessa desordem, dessas posições tomadas na Paraíba”, desabafou.
O tio de Cássio disse que vai permanecer ao lado do governador Ricardo Coutinho porque, na sua visão, trata-se de uma gestão que olha para o coletivo e não para grupos. “É isto que estou vendo. Um grupo que tem credibilidade, que tem aceitação popular. Agora luto pela continuidade porque o que está certo, time que está ganhando, não se mexe”, disse.
A respeito de possíveis imbróglios familiares por causa da sua decisão em continuar apoiando o governador Ricardo Coutinho, Renato declarou que tem idade suficiente para tomar suas próprias decisões e confessou que a única pessoa que poderia lhe dar “uns puxões de orelha”, seria seu irmão, Ivandro Cunha Lima. “Eu tenho idade suficiente para tomar minhas decisões e a única pessoa que poderia fazer isso é meu querido irmão, meu líder maior Ivandro Cunha Lima e até agora não ouvi nenhuma crítica, cada um toma a decisão que quer”, desabafou.
Supostas conversas entre Cássio e Maranhão  
Renato disse que lamenta que essas supostas conversas entre Cássio e Maranhão estejam acontecendo. Ele disse que, apesar de respeitar todas as decisões que estão sendo tomadas por seu sobrinho, não cogita em hipótese alguma essa possibilidade de união entre eles. “Quem tá morrendo afogado, se abraça até com jacaré, mas não sabe as sequelas que esse jacaré já deu a Paraíba, a Campina Grande e ao poeta Ronaldo Cunha Lima (de saudosa memória). Então esse assunto para mim, não se cogita, cada um toma a decisão que quer, respeito profundamente, mas vamos acabar num retrocesso”, ponderou.
O tio de Cássio disse ainda que há tempos que não via a Paraíba viver esse retrocesso. “Faz tempo que isso tinha saído do dicionário da Paraíba e agora está voltando. São coisas tristes, lamentáveis que está acontecendo na Paraíba. Só tenho a dizer, que isso é lamentável e só posso dizer que minha posição é só uma, é firme e forte por nossa Campina Grande, por nossa Paraíba ao lado de Ricardo Coutinho”, frisou.
Administração em Campina Grande
Com relação a administração tucana, em Campina Grande, Renato afirmou que a Cidade vem sendo administrada por duas pessoas. Uma toma conta da Prefeitura, e outra da Secretaria de Saúde. “Campina Grande é administrada por duas pessoas, uma toma conta da prefeitura e a outra da Saúde. Onde a mortalidade ainda é um caos na saúde e na nossa cidade que é gerenciada… dá até saudade de Tatiana, CG sente saudade até de Tatiana, sente saudade, então é lamentável isso que está acontecendo”, pontuou.
Renato recriminou ainda as declarações dadas, em entrevista coletiva, pelo prefeito Romero Rodrigues, durante lançamento da programação do Maior São João do Mundo 2014, quando este afirmou que estava de pires na mão à espera da ajuda do Governo do Estado para o evento. “Ele sai dizendo que tá de pires na mão, pedindo apoio para o São João. Pelo amor de Deus, Campina não precisa estar de pires na mão. O governo Ricardo sempre atendeu e sempre fez em detrimento dos outros que não fizeram. Se isso está ocorrendo é porque tá faltando credibilidade, até porque a prestação de contas do São João do ano passado ainda não foi feita”, destacou.
“Campina Grande e a Paraíba ainda não sabe quanto foi investido no São João do ano passado, então as minhas mágoas e minhas tristezas é ver que isso não pode voltar. Campina não pode voltar a ter esta conotação. Ainda dizem que eu estou tomando uma posição de revanchismo, pelo contrário eu sou firme e forte na minha decisão, lamento. Então eu só tenho a lamentar e dizer que estou firme e forte aqui com Campina com Ricardo Coutinho”, finalizou Renato Cunha Lima.
 

Simone Duarte (@sireporter)