quarta-feira, 28 de maio de 2014

Vídeo anônimo identifica servidores que participaram do tumulto em audiência da ALPB



Vídeo tem sido repassado por meio do aplicativo WhatsApp, nos telefones celulares.

 
 
Uma nova prova de que servidores do Governo do Estado participaram, em horário de trabalho, da audiência pública da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para debater as contas de 2011 do governador Ricardo Coutinho (PSB), se tornou pública nesta quarta-feira (28). Trata-se de um vídeo anônimo, que está sendo repassado por meio do aplicativo WhatsApp, que identifica vários funcionários presentes na frente do prédio e no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB), no último dia 21.

Entre os funcionários identificados estão Fábio Targino e Marcelo, da Secretaria de Saúde; Ricardo Moreira, chefe de gabinete da Procuradoria-Geral do Estado; Wilker Camboim, chefe de transporte da Secretaria de Saúde; Cris Lucena, da Casa Civil e Poliana Figueiredo, funcionária do Detran-PB. Esta última, inclusive, chegou a denunciar, nas redes sociais, uma possível agressão sofrida pelos seguranças da ALPB, durante tumulto na saída do deputado Raniery Paulino.
Na sessão da ALPB da última terça-feira (27), o deputado Janduhy Carneiro (PTN) denunciou que servidores comissionados do Governo do Estado deixaram os postos de trabalho nas repartições do Estado, em horário de trabalho, para participar da reunião e para provocar “tumulto” e “baderna” no auditório da OAB-PB.

“Foi algo dirigido [o tumulto], montado com o intuito de atrapalhar aquela audiência pública, que seria de alto nível, mas infelizmente não pode ser realizada. Os parlamentares dessa Casa devem e vão realizar uma analise técnica e não política das contas para buscar entender porque a auditoria do Tribunal de Contas do Estado indica pela sua reprovação. A sociedade paraibana precisa saber disso”, comentou Janduhy.
O deputado Raniery Paulino (PMDB) cobrou a harmonia e o respeito entre os três poderes constituídos, Executivo, Legislativo e Judiciário e, também na sessão desta terça-feira, lamentou o ocorrido. “O governador teve uma grande chance de apresentar a sua versão dos fatos, mas infelizmente, perdeu a oportunidade e lamentavelmente aquelas pessoas estiveram lá para badernar e para bagunçar”, disse.

Na última sexta-feira (23), o WSCOM Online reproduziu um diálogo de uma conversa em grupo do WhatsApp, que vazou, em que o filho do governador Ricardo Coutinho (PSB), Rico Coutinho, condenava o tumulto causado durante a audiência, mas confirmava a presença de servidores comissionados no último.

Sobre a audiência
A audiência pública foi uma propositura da Comissão de Acompanhamento e Controle da Execução Orçamentária da ALPB, por meio de requerimento formulado pelo deputado Caio Roberto (PR). Durante a reunião, o presidente da Comissão, Raniery Paulino, decidiu pela suspensão, após não conseguir conter o tumulto causado pelos participantes.
Após a audiência, a ALPB denunciou em nota que o Governo do Estado financiou com dinheiro público a ida de militantes à audiência, inclusive, com a liberação de servidores, alguns deles identificados com fardas, para participar da reunião. Os funcionários estavam em horário de expediente e deveriam estar prestando serviço à população,
Antes da reunião, o PSB chegou a divulgar um vídeo convocando a militância para a audiência pública. Aparecem no vídeo o líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB) e a ex-secretária de Comunicação, Estelizabel Bezerra (PSB).
 
Da Redação
WSCOM Online

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