sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

José e Roseana Sarney se despedem da vida pública

José e Roseana Sarney se despedem da vida pública
 Após 60 anos de vida pública, José Sarney, de 84 anos, se despediu do Senado nesta quinta-feira, 18, com um longo discurso na tribuna do plenário. Em junho passado, após cinco mandatos consecutivos no Senado (dois pelo Maranhão e três pelo Amapá) Sarney anunciou que não disputaria as eleições este ano.


Mas ele não será o único do clã a sair de cena no próximo dia 31 de dezembro.

Roseana, sua filha, também se aposenta após o fim de seu mandato como governadora do Maranhão. Na análise de alguns especialistas, a “decadência da família Sarney” se deu pela baixa chance de os dois vencerem nas eleições deste ano.


A família mantém ainda um membro na Câmara dos Deputados. Zequinha Sarney (PV-MA), filho do senador, foi reeleito deputado federal, mas não é um grande nome na Casa.


Último discurso


Em seu último discurso na tribuna do Senado, Sarney disse que se arrependeu de ter voltado à política depois de ter sido presidente da República, cargo que exerceu de 1985 a 1990.


“Eu tenho um arrependimento, até fazendo um mea-culpa. Penso que é preciso proibir que os ex-presidentes ocupem qualquer cargo público, mesmo que seja cargo eletivo. Nos Estados Unidos é assim, e eles passam a ter uma função que serve ao país. Então, eu me arrependo. Acho que foi um erro que eu cometi ter voltado, depois de presidente, à vida pública”, afirmou.


Elogios ao Maranhão


Sarney citou dados da economia  do Maranhão — seu estado natal e uma espécie de feudo da família Sarney — para afirmar que o estado, um dos mais miseráveis do Brasil, “está numa vanguarda bastante avançada”. “Esses números, sem dúvida, chocam, porque a nossa mídia escolhe, sempre, o Maranhão como um estado que é exemplo para o Brasil de crescimento menor”, disse.


Sarney é sem dúvida um dos homens mais influentes da política, e não obstante a “aposentadoria”, deve continuar mandando como quer na política local e em Brasília também. Ele não precisa do Congresso para manejar seus cordéis.


Opinião e Notícia

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