quarta-feira, 11 de março de 2015

CPI da Celb: Pimentel rebate Cássio sobre acusação de má fé

CPI da Celb: Pimentel rebate Cássio sobre acusação de má fé
O presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Pimentel Filho (Pros), que é o autor da CPI que visa investigar a venda da Celb, ainda na época que o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, era prefeito de Campina Grande rebateu as acusações do tucano e mandou um recado sobre a necessidade de “preocupação”. Para Pimentel Filho, quem não tem o que temer não precisa ficar preocupado com as investigações da CPI.

“Eu não tenho esse viés de má fé aqui. Agora, nós somos fiscais do povo. Campina grande está perdendo milhões de reais por mês e esse dinheiro é do povo, eu sou presidente da Câmara, não posso participar da CPI, o único interesse que eu tenho é o da minha cidade”, disse, rebatendo Cássio, que ontem considerou a instalação da CPI um absurdo.

Segundo o vereador, existem dados confiáveis de que a PMCG não repassou à iniciativa privada 6% das ações que possuía na antiga Celb (hoje Energisa Borborema). O senador Cássio Cunha Lima que era prefeito da cidade no período de privatização da Celb, contestou duramente Pimentel Filho, que cuidou de amenizar a preocupação do tucano.

“A CPI não é para condenar, é para esclarecer, se tudo está certo, ótimo, mas queremos investigar, quem não deve não teme”, explicou.

Cássio, por sua vez, já avisou que não tinha o que temer. ““Pode investigar o que quiser; investigar o meu patrimônio. Se tem alguma insinuação do presidente da Câmara, que eu agi de má-fé, com desonestidade, pode colocar a CPI e vou depor na hora que Pimentel quiser. Talvez interesses outros, que não podem ser revelados, podem estar por trás disso”, rebateu Cássio.

ENTENDA

O presidente Pimentel Filho defende a instação da CPI para investigar o processo de venda da Celb há 15 anos atrás. Pimentel suspeita que Campina Grande tenha sofrido prejuízos com o repasse da empresa para a iniciativa privada. “Se isso for verdade, há 20 anos não vem sendo repassados os dividendos à Prefeitura. Isso significa milhões de reais e a gente vai procurar saber sobre este dinheiro”, afirmou.


Na época votaram a favor da privatização, vereadores como Manoel Ludgério, Romero Rodrigues, hoje prefeito da cidade; Maria Barbosa, Rômulo Gouveia, entre outros governistas. Foram contra a privatização Veneziano Vital do Rêgo, hoje deputado federal; Pimentel Filho; Bruno Gaudêncio, Guilherme Almeida, entre outros oposicionistas, a época liderados pela então vereadora Cozete Barbosa.


PB Agora

Nenhum comentário:

Postar um comentário