ONU estima em 81 anos prazo para se atingir equidade de gênero na economia em 167 países
“Há uma lacuna decepcionante entre as normas e a implementação da Plataforma de Ação de Pequim, e um fracasso coletivo de liderança nos progressos para as mulheres”, disse a diretora executiva da agência da ONU para Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, na sexta-feira (6). “Os líderes com poder para fazer essas ações falharam com mulheres e meninas”, avaliou.
Em 1995, 189 países assinaram a Plataforma de Ação de Pequim. De la para cá, a ONU mostra que houve poucos progressos para acabar com leis discriminatórias, aprovar leis contra a violência dirigida a mulheres e meninas. No entanto, a ONU reconhece que caiu a mortalidade materna, aumentou o número de jovens em escolas primárias e a participação de mulheres mercado de trabalho.
“Os ganhos contrastam com o fato de, apesar da melhoria de educação, as mulheres têm alguns dos piores empregos, enquanto o fosso salarial entre os gêneros é um fenômeno mundial”, diz a agência, em comunicado divulgado pela ONU Mulheres. A estimativa é que elas ganham salários 77% menores do que o dos homens.
“Deixe-me sugerir três requisitos essenciais [para equidade de gênero]: vontade e liderança política inabaláveis; aumento dos investimentos na agenda para as mulheres e meninas e uma forte responsabilização que inclui a sociedade”, diz a diretora Phumzile Mlambo-Ngcuka.
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