Hugo Motta diz que sessão polêmica da CPI da Petrobrás foi divisor de águas: “Não estou preocupado em agradar”

Um divisor de águas.



 Foi assim que o deputado federal paraibano, presidente da CPI da Petrobrás, Hugo Motta, definiu a segunda sessão da Comissão, que culminou em polêmica e em bate boca entre os parlamentares.Na ocasião, o jovem deputado foi tachado de "coronelzinho" e de "moleque".

O paraibano deixou claro que não está preocupado em agradar ou desagradar blocos, mas sim em trabalhar para investigar os responsáveis pelo rombo na estatal.

“Eu não estou preocupado em agradar ou desagradar ninguém. Nós queremos dar as respostas à sociedade sobre as questões de corrupção envolvendo a Petrobras. Eu não tenho dúvidas de que a sessão de ontem foi um divisor de águas”, disse.


O distanciamento entre PT e PMDB nessa altura do campeonato começa a ser notório. Apesar de integrar o Governo, Hugo deixa claro, por exemplo, que o PMDB não está participando das decisões da presidente Dilma Rousseff (PT), como o ajuste fiscal proposto por ela.


“O PMDB não tem participado das grandes decisões. Por isso, nós temos autonomia para fazer as críticas necessárias. O partido é aliado (do governo), não subserviente”, disparou.

 As declarações repercutiram em entrevista à rádio 98 FM.



Hugo Motta (PMDB-PB) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, no dia 26/2. Ele venceu o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que apresentou uma candidatura avulsa.

O deputado paraibano obteve 22 votos, ante 4 de Valente. Houve também um voto em branco, e a votação é secreta. Uma vez eleito, Hugo Motta indicou o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) para relator da Comissão, conforme acordo costurado entre PT e PMDB ao longo da semana.


PB Agora