quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nilda presta homenagem ao jurista Vital do Rêgo

Nilda presta homenagem ao jurista Vital do Rêgo Nilda Gondim presta homenagem ao jurista Vital do Rêgo na data em que ele completaria 77 anos Se vivo estivesse, o ex-deputado federal e estadual, jurista e professor Antônio Vital do Rêgo teria comemorado no dia 21 de maio de 2012 (segunda-feira) o aniversário de 77 anos de idade. Em homenagem à sua memória, a deputada federal Nilda Gondim (PMDB-PB) fez um relato, em Brasília, da história de vida pessoal e política do homem com o qual construiu a família integrada pelo senador Vital do Rêgo Filho, pelo prefeito de Campina grande, Veneziano Vital do Rêgo, e pela médica Rachel Gondim.

“Vital do Rêgo deixou o exemplo de honradez, espírito de justiça e amor ao próximo”, comentou a deputada, acrescentando que o “Tribuno”, como era chamado por muitos, foi uma referência de pessoa humana, de homem público e um notável jurista. “Até hoje, por onde ando, as pessoas me lembram da figura humana, caridosa, sábia e eloquente que era Vital”, ressaltou.História – Filho do major Veneziano Vital do Rêgo (deputado estadual por dois mandatos em Pernambuco, de 1950 a 1958, assumindo em um deles a presidência da Assembleia Legislativa) e de dona Vicentina Figueiredo Vital do Rêgo (autora do Hino do tradicional Colégio Estadual da Prata, de Campina Grande), Antônio Vital do Rêgo era natural de Campina Grande/PB, onde nasceu no dia 21 de maio de 1935 (mesmo ano em que seu tio Argemiro de Figueiredo foi eleito governador da Paraíba – cargo que exerceu até 1940). Logo cedo demonstrou vocação inquestionável para a vida pública, ingressando como líder no movimento estudantil ainda nos anos 1950, na condição de aluno da Faculdade de Direito do Recife/PE, onde estudou durante o período de 1954 a 1958.

Formado em Direito, Vital do Rêgo disputou as eleições proporcionais de 1958 e elegeu-se deputado estadual na Paraíba para a legislatura 1959/1963. Logo em seguida ao primeiro mandato eletivo, foi eleito deputado federal, em 1962, para a legislatura 1963/1967, sendo o quarto candidato mais votado, com 19.945 votos. Naquela eleição, o primeiro mais votado (Francisco Teotônio Neto) teve 25.393 votos, o segundo (Humberto Coutinho de Lucena) teve 23.193 e o terceiro (Milton Bezerra Cabral) teve 20.063.

Nas eleições de 1966 foi reeleito deputado federal para a legislatura 1967/1971. Durante o exercício do mandato, no entanto, foi vítima de um dos maiores e mais condenáveis atos de violência cometido contra um cidadão brasileiro: o seu mandato parlamentar e os seus direitos políticos foram cassados sumariamente por ordem dos “comandantes” da ditadura militar que se instalou no País durante 21 anos, de 31 de março de 1964 até a retomada da democracia, a partir de 1985. Motivada por suas posições em defesa da democracia, das liberdades e dos direitos dos cidadãos brasileiros, a cassação do mandato e dos direitos políticos de Vital do Rêgo aconteceu em janeiro de 1969, tendo por base dispositivo constante do Ato Institucional n° 5, de 13 de dezembro de 1968. De janeiro de 1969 em diante, Vital do Rêgo passou dez anos afastado da vida pública, sendo, inclusive, patrulhado em sua própria casa.

De volta à ativa – Retomado o processo democrático brasileiro, Antônio Vital do Rêgo voltou a disputar um cargo eletivo proporcional nas eleições estaduais de 1990, sendo eleito na condição de quinto deputado federal mais votado da Paraíba, com 33.468 votos, para a legislatura 1991/1995. Na Câmara dos Deputados exerceu, com distinção, o cargo de corregedor geral, e destacou-se por seus pronunciamentos e pelas posições assumidas em Plenário e na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, sempre em defesa dos interesses nacionais e, em especial, da Paraíba.

Atividades parlamentares – Na condição de deputado estadual, Vital do Rêgo foi membro titular das Comissões de Finanças, Tomada de Contas e Orçamento (1959/1960) e de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa da Paraíba (1960). Como deputado federal, foi titular da Comissão Mista Especial Representativa do Congresso Nacional (1993) e titular da CPI Mista que investigou a Crise na Universidade Brasileira (1992).

Em nível de Câmara dos Deputados, integrou as seguintes Comissões:

Permanentes – Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (suplente – 1994); Constituição e Justiça e de Redação (segundo-vice-presidente – 1992, titular – 1991/1993 e suplente – 1993); Defesa Nacional (titular – 1994) Educação, Cultura e Desporto (suplente – 1991/1993); Justiça (suplente – 1967/1968); Orçamento (titular – 1967/1968); Redação (vice-presidente – 1963), e Serviço Público (titular – 1966-/1967).

Especiais – PEC n° 61/90, Remuneração Deputados Estaduais e Vereadores (primeiro-vice-presidente – 1992); PEC n° 45/91, Altera Legislação Eleitoral (titular – 1992); Legislação Eleitoral e Partidária (titular – 1992); Seca no Nordeste e Atendimento às Populações Atingidas (titular – 1993); e CPIs para Apurar Custo do Veículo Nacional (membro, 1967), sobre Irregularidades em Indenizações de Terras Ocupadas por Açudes no Nordeste (membro – 1968) e sobre a Pistolagem nas Regiões Centro-Oeste e Norte do País (titular – 1993).


Assessoria

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