terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

DÉJÀ VU- Zé põe em xeque adesão de aliados a RC e faz reflexão: “O que realmente acontece, a gente não sabe”

Um episódio que se tornou recorrente no Governo Maranhão III e que acabou sendo bastante criticado por setores do coletivo girassol na Paraíba está se repetindo em 2013.

Agora como situação e não mais como oposição, o PSB e o PMDB ocupam posições inversas, com o PSB não só assumindo o papel que era do PMDB, mas também tendo que lidar com as mesmas situações que criticava quando era oposição.

Assim como no Governo Maranhão III, em que o ano pré-eleitoral foi marcado por vários anúncios de adesão, até mesmo de prefeitos socialistas, ao projeto de reeleição do então governador José Maranhão (PMDB), agora, também em ano pré-eleitoral, o Governo Ricardo Coutinho (PSB) é quem vem recebendo sucessivos anúncios de apoios de prefeitos da oposição ao Governo do Estado.

Como se estivesse em um 'déjà vu', José Maranhão, que já vivenciou essa experiência, comentou em entrevista a uma emissora de rádio essas recentes adesões de filiados do PMDB ao PSB e acabou deixando uma dúvida no ar, ao declarar que ‘ainda falta conhecer o que realmente está acontecendo’.

“Estou acostumado com o vai e vem da política, com esse fluxo e refluxo da maré política, mas o que realmente está acontecendo a gente não sabe”, avisou.

O ex-governador, que também é presidente do PMDB na Paraíba, questionou a veracidade das informações publicadas pelas assessorias do PSB e garantiu que não recebeu e nem foi comunicado sobre qualquer tipo de confirmação referente às adesões de prefeitos peemedebistas ao projeto de reeleição do governador Ricardo.

“Eu não tenho confirmação e nem ninguém tem da adesão desses prefeitos. O que tem havido é um aparato da mídia oficial do Governo se mobilizando no sentido de mostrar que a Paraíba inteira está aderindo a Ricardo Coutinho porque ele faz um Governo excepcional e extraordinário e que ele está satisfazendo aos anseios de todos os paraibanos, isso é o que a gente sabe, porém o que de real está acontecendo a gente ainda falta conhecer”, analisou.

À época, com o grande número de adesões, José Maranhão foi acusado de 'barganhar' cargos por apoios e com isso já era tido como governador reeleito, no entanto, acabou sendo traído pelas urnas.

Resta saber se a história de Ricardo Coutinho terá o mesmo destino da que José Maranhão teve em 2010.


Relembre


Durante a campanha do primeiro turno, Coutinho perdeu vários aliados, que deram como justificativa para o rompimento a falta de trato político e a arrogância do socialista. O ex-prefeito se aliou a grande adversários do passado, como o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o senador Efraim Morais (DEM). O fato não foi bem aceito em João Pessoa e fez com que o socialista tivesse perdas em sua aceitação.

Já Maranhão recebeu várias adesões de até então aliados de Ricardo Coutinho. Apesar da idade avançada, 77 anos, o peemedebista percorreu vários municípios paraibanos participando de atividades como caminhadas e arrastões em um único dia.


Ricardistas lamentaram


Um dos ricardistas que lamentou o apoio de socialistas a reeleição de José Maranhão foi o deputado Lindolfo Pires (DEM).

O deputado estadual Lindoldo Pires (DEM) lamentou a decisão do ex-deputado federal Inaldo Leitão (PSB) de romper politicamente com o grupo liderado pelo pré-candidato a governador Ricardo Coutinho, em troca do cargo de chefe da Casa Civil no Governo de José Maranhão (PMDB). Para ele, faltou transparência do ex-aliado, que ficou apenas "cozinhando os então colegas" e agora vai se aliar em Sousa com o grupo que combateu em 2008.

Outro que deixou o PSB, à epoca, foi o vereador Fuba. Na ocasião, o parlamentar estava sem mandato e decidiu abandonar o PSB para seguir ao lado de José Maranhão.



Márcia Dias

PB Agora

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