Gastos com cartões corporativos chegam a quase meio bilhão
Entre os ministérios e secretarias, o campeão de gastos nestes 10 anos foi a Presidência da República, que acumulou R$ 135,6 milhões em compras. Em segundo lugar aparece o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que somou R$ 80,4 milhões, seguido pelo Ministério da Justiça, com pouco mais de R$ 60 milhões, Ministério da Educação, com R$ 36,4 milhões e Ministério do Desenvolvimento Agrário, com R$ 27 milhões.
No ano em que o escândalo veio à tona foram gastos R$ 55,2 milhões com os cartões, valor menor que os R$ 76,2 milhões despendidos em 2007. No entanto, a repercussão midiática não freou o uso dos cartões. Em 2009 o gasto aumentou 16,81%, e continuou crescendo até o último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quando os pagamentos chegaram a mais de R$ 80 milhões, o maior desde 2002.
O freio mesmo só veio no governo de Dilma Rousseff. No primeiro ano de sua gestão ocorreu uma redução de 26,6% nos gastos com cartões (de R$ 80 milhões para R$ 58,7 milhões).
Os gastos de 2012, segundo o Portal da Transparência do Governo Federal, somaram R$ 46,1 milhões, redução de 21,37% em relação ao ano anterior, e 42,3% menos que o gasto no último ano da gestão Lula.
Atualmente, segundo o Portal da Transparência, 20,8 mil servidores são portadores dos cartões. Em 2008, o governo publicou um decreto que alterou as regras para o uso de cartões, com o intuito de impedir sua utilização para gastos pessoais, restringindo os saques em dinheiro e o pagamento de passagens aéreas e diárias. Neste mesmo ano, a Controladoria Geral da União lançou um manual orientando os servidores sobre como usar esta forma de pagamento.
Terra
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