Ministério da Saúde alerta sobre casos de dengue entre crianças e idosos
Mais jovens ficam vulneráveis por não terem tido contato com vírus no passado
Ele explica que as crianças não tiveram contato com esses vírus no passado e, por isso, são mais vulneráveis a contrair a doença.
- Os adultos tiveram contato com o vírus e ficaram protegidos, as crianças não. Assim, os casos entre crianças aumentam proporcionalmente a queda entre os adultos.
Como os sintomas da dengue são semelhantes aos de outras viroses, fica mais difícil diagnosticar a doença no estágio inicial. Segundo os médicos, a falta de diagnóstico precoce acaba favorecendo o desenvolvimento da forma grave da dengue nas crianças e adolescentes, como explica Paulo Cesar Guimarães, integrante do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
- Não é fácil a identificação da dengue no início. O paciente pode apresentar um processo viral inespecífico, como o de uma gripe.
Para evitar mortes de crianças e complicações decorrentes da doença, o ministério decidiu distribuir um guia aos profissionais de saúde para que aumentem os cuidados com quem apresenta sintomas de dengue.
Um dos alertas é para os sinais de agravamento da doença nas crianças.
Alguns dos sintomas mais comuns são febre, dores e manchas vermelhas pelo corpo.
Na comparação com os primeiros seis meses de 2010, o secretário Jarbas Barbosa informou que houve queda do número de mortes e de casos graves entre crianças e adolescentes.
Entre as mortes, a redução foi cerca de 35%, de 111 em 2010 para 73 este ano. Nos casos graves, a diminuição equivale a aproximadamente 30%, de 4.002 em 2010 para 2.794 nos primeiros seis meses de 2011.
Assim como as crianças, os idosos também sofrem com a dengue. Sem informar dados específicos dessa faixa etária, Barbosa disse que o número de casos graves e mortes relacionadas à doença tem crescido entre os mais velhos desde o ano passado.
- O idoso tem uma doença cardíaca ou diabetes grave. A dengue pode descompensar essa outra doença que o idoso tem.
De acordo com Barbosa, os idosos apresentam quadro de saúde mais debilitado e muitos contraem a doença mais de duas vezes ao longo da vida, o que eleva o risco de desenvolver a forma hemorrágica.
Quanto mais vezes a pessoa contrair a doença, maior a chance de desenvolver as formas mais agressivas da dengue.
O último balanço nacional da doença, divulgado no dia 6 de julho, mostrou queda de 18% nas notificações de dengue no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2010.
De janeiro a julho, as notificações somaram 715.666. As mortes e os casos graves também tiveram redução de 44% e 45%, respectivamente.
R7
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